A custódia de ativos, segundo o especialista Rodrigo Balassiano, representa um componente fundamental no sistema financeiro atual, especialmente quando se trata da proteção de investimentos institucionais e individuais. No entanto, esse processo não está isento de riscos que, se não forem devidamente gerenciados, podem comprometer a segurança e a integridade dos ativos sob custódia. Compreender os principais riscos e saber como mitigá-los é essencial para garantir a confiança no sistema e evitar prejuízos financeiros.
Riscos operacionais na custódia de ativos analisados por Rodrigo Balassiano
Entre os principais riscos envolvidos na custódia de ativos, os operacionais merecem destaque. Eles estão relacionados a falhas nos processos internos, erros humanos, sistemas ineficientes ou problemas de tecnologia. Tais falhas podem resultar em perdas financeiras, inconsistências nos registros ou até mesmo fraudes internas. Rodrigo Balassiano destaca que instituições que atuam como custodiantes devem investir fortemente em governança, automação de processos e qualificação de pessoal para reduzir significativamente esse tipo de ameaça.
Ademais, a manutenção de sistemas integrados e atualizados contribui para a mitigação desses riscos. A digitalização e o uso de tecnologias como blockchain e inteligência artificial também auxiliam no controle e na rastreabilidade das operações, aumentando a segurança das transações.
Riscos de contraparte e de terceiros
Outro fator relevante diz respeito aos riscos de contraparte, ou seja, a possibilidade de que uma das partes envolvidas no processo de custódia — como corretoras, bancos ou outras instituições — não cumpra com suas obrigações contratuais. Esses riscos se tornam mais graves quando não há transparência na relação entre os agentes financeiros. De acordo com Rodrigo Balassiano, a escolha criteriosa dos parceiros comerciais é uma medida essencial para mitigar esse tipo de exposição.

Empresas devem avaliar a solidez financeira, a reputação no mercado e a aderência às normas regulatórias antes de firmar parcerias com terceiros. A diversificação de prestadores de serviços também é uma estratégia eficaz, pois evita a concentração de riscos em um único agente.
Riscos legais e regulatórios na custódia de ativos
No contexto da custódia de ativos, os riscos legais e regulatórios surgem com bastante frequência, especialmente quando há mudanças nas legislações locais ou internacionais. A não conformidade com normas pode acarretar multas, sanções e até a suspensão das operações. Rodrigo Balassiano frisa que o acompanhamento contínuo das exigências regulatórias e a atuação de equipes jurídicas especializadas são fatores indispensáveis para o cumprimento das obrigações legais.
Riscos cibernéticos e tecnológicos
Nos últimos anos, os riscos cibernéticos se intensificaram, especialmente com a digitalização do setor financeiro. Invasões, vazamentos de dados e ataques de ransomware são ameaças constantes que podem comprometer a integridade dos ativos custodiados. Rodrigo Balassiano comenta que a cibersegurança deve ser tratada como prioridade nas instituições responsáveis pela custódia de ativos, com investimentos constantes em infraestrutura de proteção.
Implementar autenticações multifatoriais, criptografias avançadas e planos de resposta a incidentes são algumas das práticas recomendadas para fortalecer a defesa contra ataques digitais. Além disso, auditorias frequentes e testes de vulnerabilidade ajudam a identificar falhas antes que sejam exploradas por agentes maliciosos.
Estratégias para mitigar os riscos na custódia de ativos
Para minimizar os riscos associados à custódia de ativos, é necessário adotar uma abordagem integrada que envolva tecnologia, governança, gestão de riscos e capacitação contínua das equipes. Rodrigo Balassiano elucida que a análise contínua dos processos e a implementação de controles internos eficazes são medidas que fortalecem a proteção dos ativos e ampliam a confiança dos investidores.
Outra ação relevante é a contratação de seguros especializados, que funcionam como um respaldo financeiro em caso de falhas imprevistas. A transparência nas operações e a comunicação clara com os clientes também contribuem para o fortalecimento da relação de confiança entre as partes envolvidas.
Entender os principais riscos envolvidos na custódia de ativos e saber como mitigá-los é essencial para preservar a segurança dos investimentos. Ao adotar práticas sólidas de gestão de riscos, investir em tecnologia e manter o alinhamento regulatório, as instituições podem garantir maior proteção patrimonial. Conforme aponta Rodrigo Balassiano, a proatividade e a responsabilidade são pilares fundamentais para o sucesso no cenário da custódia moderna.
Autor: Wagner Becker