Banco realiza evento para investidores e copresidente do conselho de administração afirma que “precisam estar sempre na dinâmica de mudanças”
O copresidente do conselho de administração do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, falou nessa quarta-feira (19), em evento promovido pela instituição, sobre a importância de o banco continuar aberto a novas ideias e tecnologias.
“É importante que continuamos com essa abertura e vontade de aprender, olhar em volta, saber o que está acontecendo lá fora, e não ficar numa posição negacionista de que estamos fortes e muito bem. Estamos vivendo num mundo em que a tecnologia trouxe várias possibilidades de maneiras de negócio e estamos adaptando a isso”, afirmou Setubal.
A cúpula da instituição fez parte do Itaú Day, evento online voltado para investidores, com o tema “Evolução dos objetivos estratégicos do Itaú Unibanco”, no qual membros do banco também falaram sobre resultados e planos para o futuro.
Segundo Setubal, nos 100 anos do banco — comemorado em 2024 — a instituição montou uma característica de estar aberto para o mundo, passando por transformações da sociedade, do mercado e, principalmente, a mudança da concorrência.
“Estamos sempre abertos a poder olhar e procurar e ajustar a essas novas situações. No início tivemos dificuldades de encontrar um caminho, mas estamos no caminho, estamos bem preparados para enfrentar esse novo desafio”, disse.
Pedro Moreira Salles, também copresidente do conselho de administração do banco, destacou que, nos 100 anos, a empresa presenciou grandes transformações econômicas, transformações políticas e por muita concorrência.
“Não tinha uma presença forte no Brasil. Depois vieram grandes mudanças tecnológicas e nós nos adaptamos. Tivemos muita capacidade de adaptação. A gente sempre se recusou a ficar parado. Depois de tudo isso, 100 anos depois, somos o maior grupo financeiro da América Latina”, pontuou Moreira Salles.
De acordo com Setubal, o banco está vivendo em um mundo no qual a tecnologia trouxe várias possibilidades de negócios e eles estão conseguindo se adaptar a isso.
“Sempre soubemos adaptar às novas tecnologias que vem surgindo. A gente está num momento de mudança. Estamos cada vez mais em linha das novas tecnologias e acho que ainda não estamos lá, e temos um caminho a percorrer”, ressalta.
Na visão do copresidente, o banco sempre soube se adaptar às tecnologias novas que vão surgindo ao logo dos anos e às novas concorrências.
“Eu vejo de forma otimista nosso futuro. Estou bastante confiante com o que conseguimos fazer”, declarou.
Moreira Salles completou dizendo que quando olham para frente, com novas ameaças e desafios, estão prontos para o desafio.
“Não chegamos aos 100 anos sem tradição de inovação. Um dos riscos é o excesso de complexidade. Isso traz custos operacionais, de tempo de resposta e a gente lida com isso de uma maneira muito disciplinar. Buscando eficiência maior”.
O executivo revelou ainda que o Itaú está com 250 projetos usando inteligência artificial e sua maioria é voltada à eficiência.
“Nós estabelecemos em protocolo que todas as interações têm que ser gravadas”, afirmou o diretor-geral. Ele explicou que os registros eletrônicos das abordagens realizadas pelos policiais deverão coincidir com as imagens gravadas pelas câmeras.
Fase de testes
Atualmente, cerca de 400 policiais rodoviários federais estão participando de uma fase de testes com as câmeras corporais em cinco delegacias distintas, com características diferentes, como áreas amazônicas, metropolitanas e de fronteira. Segundo Oliveira, até o momento, o sistema tem se mostrado eficiente.
O diretor ressaltou ainda que, diferentemente do modelo adotado em São Paulo, onde os policiais podem ligar e desligar as câmeras, na PRF não haverá essa prerrogativa. “Para a proteção da atividade policial, que é o que eu vejo como mais importante na utilização do equipamento, precisa ter confiabilidade”, justificou.